Posso estar a não ser justo
com a vida que me calhou,
queixo-me do nada e do perdido
quero ser o homem que nunca falhou.
Mas não deixo de apontar o dedo ao mundo
por me sentir despido deitado no chão
pois exprimindo-me agora mais fundo
é ele o culpado de toda esta solidão.
E se Deus aqui estivesse,
teria que o ver sem olhar,
mas afinal o que acontece
é que não o vejo nem a sonhar.
E continuem a acreditar,
que há alguém a olhar por nós
eu cá prefiro parar e pensar
o que seria de mim sem vós.
E lamentavelmente não creio
que o céu tem tecto para morar
se o tiver então é um meio
pelo qual eu me deixei enganar.
Se não tiver venha a escuridão
dos meus olhos já cerrados
lá debaixo dentro já do meu caixão
troço com Deus e os ditos iluminados.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
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1 comentário:
Oi..
Encontrei teu blog no google, e gostaria de dizer-te que adorei teus poemas!
Tu escreve de uma maneira linda... sentimental.. pura.. e limpa..
Também escrevo poemas, mas não consigo construir atmosferas da maneira que tu consegues...
Espero que continues a escrever poemas.. Eu favoritei teu blog e passarei aqui às vezes para dar uma olhadinha...
Bom dia...
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