Afinal há feridas longe, inalcançáveis
muito além daquelas que o tempo sara,
há gesto mais que amor, mais amáveis,
há momentos em que todo o tempo pára.
Há momentos em que o céu cede,
no amor incontrolável da loucura,
no sabor azedo que a boca pede
e no desejo a única constante que perdura.
E a loucura não está em fazer,
está no acto repentino de falhar,
de ter medo ou recear o prazer
ou na cobardia de mais uma vez amar.
sábado, 26 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
E tenho eu a minha cabeça doente,
só de pensar em fazer apetece parar
de ver seja o que for que apareça á frente
até este livro sujo que tenho para estudar.
E tenho a cabeça doente,
preguiça tenho nos olhos para ver
a minha alma já tão dormente.
E a doença não tem cura,
cada dia vejo mais mas nada sei,
como uma pedra redonda e dura
sem mandamentos ou qualquer lei
está esta cabeça em que o sono perdura.
E adormecido continuo por ai andando,
arrastando os sapatos no cimento do chão
há quem chame a estas ruas a sua cura
mas para mim continua a ser a perdição.
Bala que não mata mas fura,
o negro desta rua a que eu chamo coração.
só de pensar em fazer apetece parar
de ver seja o que for que apareça á frente
até este livro sujo que tenho para estudar.
E tenho a cabeça doente,
preguiça tenho nos olhos para ver
a minha alma já tão dormente.
E a doença não tem cura,
cada dia vejo mais mas nada sei,
como uma pedra redonda e dura
sem mandamentos ou qualquer lei
está esta cabeça em que o sono perdura.
E adormecido continuo por ai andando,
arrastando os sapatos no cimento do chão
há quem chame a estas ruas a sua cura
mas para mim continua a ser a perdição.
Bala que não mata mas fura,
o negro desta rua a que eu chamo coração.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Posso estar a não ser justo
com a vida que me calhou,
queixo-me do nada e do perdido
quero ser o homem que nunca falhou.
Mas não deixo de apontar o dedo ao mundo
por me sentir despido deitado no chão
pois exprimindo-me agora mais fundo
é ele o culpado de toda esta solidão.
E se Deus aqui estivesse,
teria que o ver sem olhar,
mas afinal o que acontece
é que não o vejo nem a sonhar.
E continuem a acreditar,
que há alguém a olhar por nós
eu cá prefiro parar e pensar
o que seria de mim sem vós.
E lamentavelmente não creio
que o céu tem tecto para morar
se o tiver então é um meio
pelo qual eu me deixei enganar.
Se não tiver venha a escuridão
dos meus olhos já cerrados
lá debaixo dentro já do meu caixão
troço com Deus e os ditos iluminados.
com a vida que me calhou,
queixo-me do nada e do perdido
quero ser o homem que nunca falhou.
Mas não deixo de apontar o dedo ao mundo
por me sentir despido deitado no chão
pois exprimindo-me agora mais fundo
é ele o culpado de toda esta solidão.
E se Deus aqui estivesse,
teria que o ver sem olhar,
mas afinal o que acontece
é que não o vejo nem a sonhar.
E continuem a acreditar,
que há alguém a olhar por nós
eu cá prefiro parar e pensar
o que seria de mim sem vós.
E lamentavelmente não creio
que o céu tem tecto para morar
se o tiver então é um meio
pelo qual eu me deixei enganar.
Se não tiver venha a escuridão
dos meus olhos já cerrados
lá debaixo dentro já do meu caixão
troço com Deus e os ditos iluminados.
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