Traz-me o vinho pois a vida é amarga,
Trás daí debaixo da nossa cave o tinto,
Trás lá a vida que em mim vive,
Chega cá essa garrafa senão minto
Digo-te que não gosto e farto estou
De um dia ter mentido e ser o homem
que disse que a vida amou.
Na coragem de mentir em vossa mente,
E a mentir eu bebo o vinho que não muda
Nem de sabor, nem na loucura,
Nem na mentira te ver à minha frente.
Que não me deixa amar-me em paz,
Vinho meu, nosso grande tormento,
Companheiro da vida que me mata,
Dessa fria, cruel e dura verdade
Que eu espeto a cada momento.
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