quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Porque me enganas triste velho?
se não sabes sequer aquilo que dizes
nem pensas a verdade que sabes?

Onde está a bonança que prometeste?
Se chove todo o santo dia sem cessar,
se os trovões insistem em não parar.
Onde está a calma prometida?

Onde está esse jardim de eden?
esse relva verde e fresca
na calma que me foi desejada
e prometida por pequenos deuses.

Onde estás tu pequena criatura?
Onde encostas os teus prados reluzentes?
Nem sequer sei se já mudaste de nome
nem sequer sei se continuas a mesma figura
sei apenas que as minhas saudades
já quase são um monstro meu tão amado,
e as minhas ideias continuam transparentes.

E soldado me sinto a lembrar este posto,
no tempo em que o sol rasgou o Dezembro.
Hoje a tempestade inunda o meu Agosto,
e o que tenho é esta saudade á qual me prendo,
e que não esqueço nem que caia agora morto.

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